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Em Inhambane: SOS prevê assistir 150 crianças vulneraveis

Data: 11/04/2017
Em Inhambane: SOS prevê assistir 150 crianças vulneraveis

A Aldeia de Crianças SOS em Inhambane uma organização social humanitária, sem fins lucrativos, que presta assistência às crianças órfãs e desamparadas pretende atender no presente ano 150 menores contra 145 que assiste actualmente, cumprindo assim a sua capacidade instalada de 10 menores por casa para preencher 15 unidades de que dispõe.

Por: Isaías Arrone / Boletim Informativo VUKANE. Edição: Nº. 76, Janeiro de 2015 

 Criada em 2007 e inaugurada oficialmente em 2008, esta organização humanitária arrancou com o seu trabalho acolhendo 75 petizes, número que espera duplicar este ano, no âmbito do programa de ‘’cuidados às crianças a longo prazo’’. Neste programa, uma vez identificadas as crianças necessitadas e cumpridos os requisitos de admissão, elas passam a residir na Aldeia onde recebem os cuidados necessários à sua formação.

No entanto, alcançar os objectivos traçados pela organização não se vislumbra tarefa fácil, segundo autoridades da Aldeia, devido à insuficiência de dinheiro, problema que se agravou desde de 2007 a esta parte por causa da crise financeira mundial.

De 2007 para cá perdermos muitos recursos financeiros principalmente por causa da crise mundial – disse o substituto do director da Aldeia de Crianças SOS, Alberto Chapala, comentando que para reverter a situação, tem tentado mobilizar mais recursos junto de parceiros internacionais embora esteja sendo difícil. ‘’Fizemos muitas cartas para alguns investidores nacionais apenas a SASOL respondeu a nível central. Até então, aparece um a responder de forma política mas ainda não aconteceu nenhuma acção na base’’, frisou, acreditando que com tempo poderão aparecer reiterando que, na verdade as crianças precisam de apoio.

O substituto do director da Aldeia de Crianças SOS em Inhambane, explicou que no programa supracitado aloca-se uma mãe e uma tia para assistirem os menores.” Nisso a SOS proporciona cuidados básicos até a formação do menor, a partir da segurança alimentar, o ensino da primeira infância, ensino formal, ensino pré-universitário e dependendo da capacidade da própria criança até a universidade’’.

Aclarou que neste momento não tem nenhuma criança no ensino superior porque ainda são todas menores, e frequentam o ensino primário e só tem uma que passou para 6ª classe.

Para direccionar as crianças na Aldeia, faz-se acompanhamento através do Departamento de Assistência Social o qual conta com uma técnica assistente social responsável pelo sector.

Enquanto na componente Desenvolvimento Comunitário, a organização trabalha com um universo de 208 famílias apoiadas pelo programa de Fortalecimento Familiar que beneficia a 800 crianças.

‘’O trabalho comunitário é feito através de grupos de associados que recebem ajuda em meios materiais, assistência técnica, entre outros apoios possíveis para poderem desenvolver a sua comunidade’’, indicou Alberto Chapala.

A assistência comunitária envolve três programas, nomeadamente, educação, saúde e sustentabilidade.

No programa educação, aquela organização humanitária garante a reintegração, integração, treinamentos vocacionais, escolinhas comunitárias e assistência psicológica.

No programa saúde, a SOS faz assistência médica e medicamentosa, acompanhamento, oferece cesta básica e apoio nutricional aos menores vulneráveis.

E o programa sustentabilidade, abarca a geração de pequenos negócios, onde a família depois de uma formação em geração de renda e em gestão financeira, escolhe o que é que pretende fazer se tiver um apoio financeiro entre abrir machamba, vender produtos alimentares ou criar animais

Meio ambiente

Na área de meio ambiente, o programa fortalecimento comunitário mobiliza as comunidades para não abater descontroladamente as árvores e incentiva o plantio de novas, bem como capacitá-as na produção do fogão poupa lenha.

De acordo com Alberto Chapala, este fogão não precisa de muita estaca para confeccionar alimentos, é feito de cimento, tijolos e de alguns fios, tem vantagem também de não tirar fumo, e mesmo tendo crianças perto não sofrem.

A introdução do uso de fogões poupa lenha tem como objectivo incentivar as comunidades para preservarem as árvores.

A insuficiência do material para fazer a redistribuição é a principal dificuldade da expansão desta iniciativa ambientalmente salutar, mesmo assim com vista a replicar esta iniciativa, ‘’formamos em cada comunidade dez membros para produção deste tipo de fogão e fomos deixando alguns fogões ao nível dessas comunidades, num total de quatro designadamente Chamane, Marrambone, Muelé 3 e Muelé 1.

Identificação de crianças vulneráveis

Quanto à identificação de crianças vulneráveis, o substituto do director da Aldeia de Crianças SOS em Inhambane proferiu que para o sistema fechado a longo prazo, tem sido através da parceria com a Direcção Provincial da Mulher e Acção Social.