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Incêndios continuam a ceifar vidas em Inhambane

Data: 11/04/2017
Incêndios continuam a ceifar vidas em Inhambane

Nove pessoas morreram durante o ano passado na província de Inhambane em consequência de incêndios contra 17 que pereceram pelo mesmo fenómeno em 2013, situação que apoquenta o Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) nesta parcela do país.

Por: Isaías Arrone / Boletim Informativo VUKANE. Edição: Nº. 76, Janeiro de 2015    

 

Conforme o sector de Salvação Pública, houve igualmente muitas destruições, como é o caso de uma fábrica de processamento de adubos orgânicos que pegou fogo toda mas, os bombeiros chegaram lá, fizeram o seu máximo e conseguiram controlar o incêndio.

Apesar dessa inquietação, o comandante substituto do SENSAP em Inhambane, Alexandre Nicotorro, considera de positivo o balanço das actividades desenvolvidas pelo seu sector em 2015. ‘’Nas nossas intervenções durante as nossas palestras, conseguimos ver que o número de casos de sinistros reduziu, e também constatamos que nos tempos haviam casos em que nossos concidadãos eram carbonizados nas casas’’, defendeu.

Alexandre Nicotorro explicou que a redução das mortes por carbonização, deve-se à sensibilização que tem feito durante as actividades como palestras nas comunidades, inspecções nas instituições do estado e privadas, mercados, vistorias e piquetes, para prevenir incêndios.

 Exemplificou que quanto à precaução, o SENSAP realizou no ano findo 89 palestras que beneficiaram a um número não especificado de pessoas.

‘’Este trabalho beneficiou a várias pessoas, digo várias, porque mesmo naquela altura em que vamos a um incêndio, quando encontramos pessoas, a gente faz uma palestra, porque não temos tempo de contar as pessoas nos lugares de incêndio e nas aglomerações  de pessoas como nos mercados," justificou o entrevistado, ajuntando que no ano passado tiveram um programa nas igrejas.

Na província de Inhambane os incêndios verificam-se mais na cidade de Maxixe, e de acordo com Alexandre Nicotorro, a principal causa é o facto de que as pessoas ligam electrodomésticos e deixam-nos ligados, porque desligar um aparelho é preciso tirar a ficha da tomada.

Num outro desenvolvimento, lamentou a tendência crescente de uma atitude negativa de algumas populações das zonas rurais que quando têm problemas sociais, deitam fogo e queimam casas de outras pessoas.

Para combater este tipo de acontecimentos, o comandante substituto do SENSAP disse que têm sensibilizado as pessoas em coordenação com os comandos provincial e distritais da Polícia da República de Moçambique para que não usem o fogo como arma de resolução de conflitos, mas, sim, canalizem seus problemas às autoridades.

‘’Utilizar fogo não é bom, porque primeiro quando queima a casa, aquela pessoa com quem tem problemas, às vezes nem queima, sofrem outras pessoas’’, realçou aquele responsável.

Ainda sobre a prevenção de incêndios, o SENSAP diz contar com colaboração das rádios comunitárias, citando como exemplo, o caso das Rádios Comunitárias dos distritos de Zavala e Morrumbene, neste último donde já receberam telefonemas a comunicar ocorrências de incêndios.

O SENSAP tem representações na cidade da Maxixe, Massinga, Vilankulo e Zavala ou seja todos os municípios da província incluindo a cidade de Inhambane, onde está baseado o comando provincial e, segundo a nossa fonte, estas representações vão fazendo palestras explicando os prejuízos que o fogo traz.

 

Meios de trabalho e desafios

Quanto aos meios laborais, Alexandre Nicotorro fez saber que o comando provincial possui viaturas para salvação pública, embarcações na zona de Tofo e pessoal que está a monitorar este trabalho.

Revelou que na zona marítima, a sua corporação está envolvida no projecto ‘’Banhista Seguro’’. ‘’Nós estamos envolvidos num projecto que é Banhista Seguro que tem arrancado sempre nos meses de Outubro até Janeiro, porque como tem se verificado fluxo de maior número de turistas, nós temos alocado nossos colegas, nossos meios para as praias da Barra e Tofo, para garantirem a segurança dos nossos concidadãos’’.

Perguntado se em 2014 houve muitas solicitações para salvar pessoas, a fonte replicou negativamente, alegando que, senão uns três a quatro casos e este ano também tiveram três casos durante este mês de Janeiro mas, todas as pessoas foram salvas.

Sobre os desafios do ano 2015, o comandante substituto, augura muito trabalho, pois, segundo suas palavras o desenvolvimento obriga a isso. Agora estão em formação alguns bombeiros para o município de Quissico, num número não especificado, para responderem pela edilidade. Há igualmente um plano em carteira no qual vão ser formados alguns para as autarquias de Massinga e de Vilankulo.

Intensificar trabalhos preventivos, nomeadamente, palestras, inspecções, vistorias e inquéritos são outras apostas do corpo de salvação pública em Inhambane, cujo contacto para comunicar sinistros é através dos números 845156603 ou 293 22 222.