Utentes das pontes-cais de Inhambane e Maxixe saúdam a reabilitação das infra-estruturas

Por: Adilson Virgílio / GP-I´bane

As  pontes-cais  já  não  garantiam segurança aos utentes, que nos dias de  chuva  chegavam  a  dar  volta,  de transporte  público,  por  via  terrestre, sujeitos a pagar 50,00 meticais, numa distância  de  aproximadamente  60 quilómetros,  no  lugar  de  10,00 meticais, pagos na travessia de barco, e em menos  tempos.

Nelsa  Zacarias,  vendedeira  de hortícolas,  que  faz  a  travessia Inhambane-Maxixe  diariamente, manifestou  a  sua  alegria  pela reabilitação  das  pontes-cais,  e explicou que era um sacrifício passar por ali, destacando que a intervenção feita  pelo  Governo  mostra  que  a população não está esquecida.

A  entrevistada  reside  na  cidade  de Inhambane e  faz negócios na Maxixe. Outro  cidadão  ouvido  pela  nossa reportagem  é  funcionário  público  e reside na cidade da Maxixe. Trabalha na  cidade  de  Inhambane.  Justino Jaime  fez saber que  faz o  trajecto  todos os dias.

“Faço este  trajecto de manhã e de  trade, quando  vou  e  volto  do  serviço.  Nos últimos tempos  havia  congestionamento devido à  reabilitação e  perdíamos  o  barco  nas  manhãs  e atrasávamos  ao  serviço mas  agora  as condições  são melhores”.

Os marinheiros afirmam que o trabalho feito  veio  melhorar  a  atracagem  das embarcações,  que  já  era  feita  em dificuldades por causa da precariedade das antigas pontes.

Em  representação  dos  marinheiros, Julião Matimbe disse que a reabilitação chega  no momento  certo,  pois  já  era necessária.  “Este  é  um  trabalho benéfico  para  todos  nós,  antes  nos sentíamos  inseguros pois os  tabuleiros estavam  totalmente estragados e punha em  risco  a  atracagem,  éramos obrigados  a  estar  aqui  a  dirigir  as pessoas para garantir a sua segurança. Agora, com a reabilitação, só temos a agradecer o Governo de Moçambique por dar  condições ao povo”.

A directora provincial dos Transportes e  Comunicações,  em  Inhambane, Acissa Carimo, disse que o acto é um ganho  para  o  Governo,  na  medida que as pontes servem para garantir a travessia  das  pessoas  e  bens  das cidades de  Inhambane e Maxixe.

Acissa  Carimo  acrescentou  que  as pontes-cais,  além  de  garantirem  a travessia de pessoas e bens,  tem um peso na vertente económica e social, assim  como em outros âmbitos.

A dirigente acrescenta que “nós como Governo  estamos  satisfeitos  e notamos em cada passageiro a alegria pela  reabilitação das pontes, porque garantimos  a  segurança  dos  utentes da baia”.

A reabilitação das pontes, consistiu em garantir  a  flutuabilidade  normal que estava degradado.

Acrescentou-seequipamentoda atracagem,  para  evitar   que  operadores  prendam  os  barcos  nas madeiras  das  pontes  e  substituído  o estrado de madeira existente por um estrado ante-derrapante para evitar a queda dos passageiros.

Falando dos custos das obras, Acissa Carimo  referiu  que  o  Governo desembolsou 18 milhões de meticais, para  intervenções  que  garantissem durabilidade  da  infra-estrutura  e segurança das pessoas e bens.

Carimo explicou que Governo apela aos marinheiros  a  não  atracar   as embarcações  sobre a ponte para  criar peso  sobre a estrutura móvel.

Nos  últimos  tempos,  fazer  a  travessia Maxixe-Inhambane  e  vice-versa  era complicado,  devido  à  degradação  das pontes-cais de ambos os  lados, situação que  leva à  reclamações  constantes da população.