Viii festival nacional da cultura retrata vida e obra do presidente da república em forma de poesia
A vida e obra do Presidente da República, Armando Guebuza, prestes a terminar o seu mandato, foi, recentemente, retratada em forma de poesia durante a abertura do VIII Festival Nacional da Cultura (FNC), que ontem terminou na província de Inhambane.
Por: Adilson Virgílio / GP-I´bane
A declamação coube ao jovem Júlio Gonçalves, de nome artístico Malambe, que levou o Presidente da República a concluir , no seu discurso, que “há moçambicanos que sabem emocionar os outros”.
Um poema que buscou a infância de Armando Guebuza, desde Morrupula, a sua passagem pelas matas do vasto Moçambique, pela vizinha República da Tanzania, não deixando de fora a prisão pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), até a sua ascensão à presidência da República.
O poema abordou igualmente as funções que o Presidente Guebuza desempenhou no partido Frelimo.
Júlio Gonçalves não poupou, nem sequer uma vírgula para descrever Guebuza, ou simplesmente Chembene. Apresentou a poesia numa interacção dinâmica e coordenada com as 1500 crianças das escolas primárias de Inhambane, perfiladas e espalhadas ao longo do tapete verde do relvado do Estádio Municipal de Muelé, acompanhado pela jovem cantora Mira. Explorou os poemas escritos por Armando Guebuza e outros da sua criação.
Poucos puderam ver lágrimas escorrendo no rosto do Chefe do Estado de emoção, por acompanhar a sua história de vida ser contada por um jovem em forma de poesia, mas a nossa equipa de reportagem testemunhou “in loco”, a partir do ponto onde se encontrava.
Visivelmente emocionado, o Presidente da República discursou perante cerca 10 mil pessoas que acorrerem ao Estádio Municipal de Muelé, palco oficial do VIII Festival Nacional da Cultura.
Na sua intervenção, Armando Guebuza frisou “parabéns província de Inhambane pela forma calorosa como prepararam este festival. Parabenizo a todos os fazedores da cultura pelo alto nível de preparação do grande evento”.
O declamador da poesia que emocionou o Presidente da República é natural do distrito de Inhassoro, na província de Inhambane. Malambe explicou à nossa reportagem que ensaiou durante seis meses para que a homenagem ao Chefe do Estado saísse da melhor forma.
Júlio Gonçalves fez saber que contou com o apoio de escritores de renome, que o ajudaram a criar o poema,durante quarenta e cinco dias, na cidade de Maputo.
Malambe afirmou ser gratificante declamar um poema, que deixou o Presidente da República emocionado, tendo apontado que a homenagem foi na medida certa.
Fora o oitavo Festival Nacional da Cultura, Júlio Gonçalves referiu ter participado nos anteriores eventos realizados em Manica e Nampula, bem como ter visitado Portugal e Espanha, representando o país.
Num outro desenvolvimento, Malambe explicou que busca inspiração em figuras de José Craveirinha, Calane da Silva e outros poetas e escritores moçambicanos. Apontou, igualmente, que ambientes culturais o embalam, elevando a sua inspiração.
Júlio Gonçalves conta, actualmente, com 207 escritos, entre poemas e contos, bem como alguns poemas gravados.