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Viii festival nacional da cultura retrata vida e obra do presidente da república em forma de poesia

Data: 11/04/2017
Viii festival nacional da cultura retrata vida e obra do presidente da república em forma de poesia

A vida e obra do Presidente da República, Armando Guebuza, prestes a terminar o seu mandato, foi, recentemente, retratada em forma de poesia durante a abertura do VIII Festival Nacional da Cultura (FNC), que ontem terminou na província de Inhambane.

Por: Adilson Virgílio / GP-I´bane

A declamação  coube ao  jovem  Júlio Gonçalves,   de  nome  artístico Malambe, que levou o Presidente da República a concluir , no seu discurso, que  “há  moçambicanos  que  sabem emocionar os outros”.

Um poema que buscou a infância de Armando Guebuza, desde Morrupula, a sua passagem pelas matas do vasto Moçambique, pela  vizinha República da Tanzania, não deixando de fora a prisão pela Polícia Internacional e de Defesa  do  Estado  (PIDE),  até  a  sua ascensão à presidência da República.

O  poema  abordou  igualmente  as funções  que  o  Presidente  Guebuza desempenhou no partido Frelimo.

Júlio  Gonçalves  não  poupou,  nem sequer  uma  vírgula  para  descrever  Guebuza,   ou simplesmente  Chembene.  Apresentou  a  poesia numa  interacção  dinâmica  e coordenada com as 1500 crianças das escolas  primárias  de  Inhambane, perfiladas e espalhadas ao  longo do tapete  verde  do  relvado  do  Estádio Municipal  de  Muelé,  acompanhado pela jovem cantora Mira. Explorou os poemas  escritos  por  Armando Guebuza e outros da  sua  criação.

Poucos  puderam  ver  lágrimas escorrendo  no  rosto  do  Chefe  do Estado de emoção, por acompanhar a sua história de  vida  ser  contada por um jovem em forma de poesia, mas a nossa  equipa  de  reportagem  testemunhou  “in  loco”,  a  partir  do ponto onde  se encontrava.

Visivelmente   emocionado, o Presidente  da  República  discursou perante  cerca  10  mil  pessoas  que acorrerem  ao  Estádio  Municipal  de Muelé,  palco  oficial  do  VIII  Festival Nacional   da  Cultura.  

Na  sua intervenção, Armando Guebuza frisou “parabéns  província  de  Inhambane pela  forma calorosa como prepararam este  festival.  Parabenizo  a  todos  os fazedores da cultura pelo alto nível de preparação do grande evento”.

O  declamador  da  poesia  que emocionou o Presidente da República é natural do distrito de Inhassoro, na província  de  Inhambane.  Malambe  explicou  à  nossa  reportagem  que ensaiou durante seis meses para que a homenagem  ao  Chefe  do  Estado saísse da melhor  forma.

Júlio Gonçalves fez saber que contou com o apoio de escritores de renome, que  o  ajudaram  a  criar  o  poema,durante  quarenta  e  cinco  dias,  na cidade de Maputo.

Malambe  afirmou  ser  gratificante declamar  um  poema,  que  deixou  o Presidente  da  República  emocionado, tendo apontado que a homenagem foi na medida  certa.

Fora  o  oitavo  Festival  Nacional  da Cultura,  Júlio  Gonçalves  referiu  ter participado  nos  anteriores  eventos realizados em Manica e Nampula, bem como  ter  visitado  Portugal  e  Espanha, representando o país.

Num outro desenvolvimento, Malambe explicou  que  busca  inspiração  em figuras de José  Craveirinha,  Calane  da Silva  e  outros  poetas  e  escritores moçambicanos.  Apontou,  igualmente, que  ambientes  culturais  o  embalam, elevando a  sua  inspiração.

Júlio  Gonçalves  conta,  actualmente, com  207  escritos,  entre  poemas  e contos,  bem  como  alguns  poemas gravados.