Sete milhões: foco da governação de Filipe Nyusi
O Presidente da República, Armando Guebuza, despediu-se de Inhambane e, em conjunto com a população, mediu o impacto da governação aberta e inclusiva, levada a cabo nos cerca de 10 anos em que esteve no poder.
por : Brígida da Cruz Henrique/Moçambique e Adilson Adnane
Para os mutuários do Fundo de Desenvolvimento Distrital, “valeu a alocação dos 'Sete Milhões', porque permitiu a criação de bases para o desenvolvimento nacional”. Já se percebe que só trabalhando com afinco será possível reduzir os níveis de pobreza no país. “Os sete milhões mudaram a vida de muitos moçambicanos, mas o facto de ainda não se ter definido completamente os mecanismos de reembolso, não quer dizer que se encerre a alocação de fundos, tanto é que os níveis de amortização ganharam dinamismo com a intervenção e monitoria dos Conselhos Consultivos Locais”- considerou o Chefe do Estado, no fim da sua visita à província de Inhambane.
Em todos os encontros com a população, incluindo jovens, só chovem elogios sobre as realizações dos últimos 10 anos, quer em cânticos, dança ou em intervenções. A tónica é que a vida dos moçambicanos melhorou bastante aos olhos de todos, desde a provisão dos serviços sociais, fomento do gado bovino, entre outros ganhos.
Aos jornalistas que cobriram a última etapa da presidência aberta e inclusiva em Inhambane torna-se difícil construir os seus títulos e leads, porque a tónica das intervenções é similar: “obrigado Presidente Guebuza pelo projecto dos sete milhões de meticais; ganhamos nova maneira de ser , estar e agir perante o trabalho. São muitos os ganhos; o que fal ta, i rá dar continuidade Nyusi, porque em Massinga, Inhambane e Mabote a sua vitória é certa”.
Como enfatizou Sebastião Manhiça, o de Hunguana, com os sete milhões até os preguiçosos pegaram em enxadas e produzem banana, ananás, hortícolas, em vastas áreas, passando a abastecer Vilanculos. “Temos gado bovino, barcos de pesca, mas é preciso melhorar as vias de acesso, expandir cada vez mais a rede de energia eléctrica, água potável e unidadessanitárias de referência”.
A população pediu e de forma insistente a paz, que depende da celeridade do diálogo entre o Governo e a Renamo. A Paz é um bem precioso que deve perdurar . Nesta convicção, os jovens de Massinga, reunidos na Universidade Pedagógica local, ofereceram ao Chefe do Estado um casal de pombos, como símbolo da paz almejada por todos os moçambicanos, sem distinção e que, por isso, deve ser permanentemente cultivada. Teodósio Rafael condenou a insegurança que vive no país, causada pelos ataques da Renamo, solidarizando-se com os jovens das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, que se encontram nas zonas de conflito, apelando, entretanto, para que o diálogo entre as partes seja célere, de modo a chegar-se a um entendimento, que beneficie a todos os moçambicanos.
Por sua vez, Reinaldo Txemane diz que os jovens de Massinga estão comprometidos com a paz, pois, “nós sabemos de onde viemos, onde estamos e para onde vamos”.
O mesmo nível de elogios viveu-se na cidade de Inhambane, onde os jovens prometeram votar no candidato Filipe Jacinto Nyusi, que se dirigiu à população debruçando-se sobre a continuidade que empreenderá nos projectos de desenvolvimento, respeitando os ideais de Eduardo Mondlane, Samora Machel , Joaquim Chissano e Armando Guebuza, assegurando a continuidade da unidade nacional.
O conceito de continuidade e renovação dominou a intervenção de Filipe Jacinto Nyusi, candidato da Frelimo às quintas eleições gerais de 2014, que assume com responsabilidade a missão deconcorrer à liderança do país, assegurando que o seu governo continuará a consolidar as conquistas alcançadas em Moçambique.
“Continuidade é continuar a consolidar a unidade nacional, a paz e o desenvolvimento, e governar significa construir mais escolas, mais hospitais, estradas e muitas outras infra-estruturas”, afirmou Nyusi.
Para alcançar aquele desiderato, Filipe Jacinto Nyusi privilegiará o contacto directo com a população, para dela colher conselhos sobre as estratégias que deve seguir , para garantir o bem-estar e harmonia sociais.
Mesmo com a mudança constante das condições atmosféricas, com momentos de chuva, sol, frio e calor , as mais de duas mil pessoas, entre adultos, jovens e crianças, estavam atentas às palavras de encorajamento e de esperança de um Moçambique, onde a paz será uma realidade, acrescentando, entretanto “que devemos saber valorizar e acarinhar as conquistas individuais e colectivas conseguidas ao longo dos últimos 10 anos.
Para Guebuza, a vida é feita de desafios pessoais e colectivos, e os moçambicanos têm, todos, um objectivo comum: o bem-estar social. “As coisas boas que acontecem são fruto do nosso trabalho e da nossa vontade, por isso, continuaremos a ter muitas conquistas individuais e colectivas, se continuarmos empenhados neste projecto comum”.
Respondendo a uma pergunta sobre a alocação dos Sete Milhões de Meticais à população, uma vez que o processo de devolução não é cumprido plenamente pelos mutuários, Armando Guebuza, mentor do projecto do Fundo de Desenvolvimento Distrital, anotou que “Os sete milhões mudaram a vida de muitos moçambicanos, mas o facto de ainda não se ter definido completamente os mecanismos de reembolso, não quer dizer que não se possa continuar a financiar os projectos, tanto é que com a intervenção dos Conselhos Consultivos Locais na monitoria e assistência técnica aos mutuários, os níveis de amortização melhoraram bastante”.